O primeiro debate governamental foi ruim para Lahésio Bomfim (PSC), mas pior para Carlos Brandão (PSB). Quem acompanhou o programa transmitido pela internet, com mais de 11 mil espectadores assistindo, percebeu que Brandão jogou na defensiva no debate e não conseguiu sequer responder uma pergunta previsível sobre ações positivas em seu governo, talvez porque até agora ainda não deslanchou desde que assumiu em abril. O que o governador queria era não parecer agressivo nem entrar em conflito. O que conseguiu foi parecer não ter respostas.
Ironicamente, Brandão foi salvo por Lahesio. Questionado em pergunta sobre a o histórico de filiações, o candidato do PSC acabou virando o principal alvo do confronto com Weverton Rocha.
Todos os grupos de qualis que acompanhavam o debate rechaçaram as posições do atual mandatário do Palácio dos Leões. “Ele é aquele homem que diz que quer continuar as boas ações do governo do antecessor, mas não consegue defender uma só”, disse um amigo que estava indeciso antes do início do debate em bate-papo com o titular do blog.
O governador também demonstrou estar desacostumado a ser questionado, por estar sempre em ambientes controlados. Debates com candidatos sem chance de vitória criam uma dinâmica diferente. Esses candidatos nada têm a perder e são pouco conhecidos por terem espaço mais escasso. Assim, ficam livres para ajudarem uns aos outros e atacar os maiores.
Brandão, entretanto, foi um caso à parte: tem tempo, diz que lidera, tem apoios, mas passou despercebido e apenas assistiu ao confronto entre Weverton e Lahesio. Além disso, também pôde acompanhar o bom desempenho de Simplício e Joas. Se continuar nessa estratégia, caminha para ficar fora do segundo turno.