Segundo a Aprosoja-MA, o Estado tem hoje a expectativa de incrementar entre 5% e 7% as áreas cultivadas com soja e atingir 1,1 milhão de hectares.
No Baixo Parnaíba, região nordeste do Estado, os campos de soja tem crescido exponencialmente e ficou cada vez mais comum avistar plantações do chamado “ouro verde”, elevando o potencial econômico, promovendo desenvolvimento, gerando emprego e renda para as cidades que fazem parte deste cinturão verde.
Mas o avanço da agricultura e o preparo da terra por quem se propõem cultivá-las, em sua maioria empresários gaúchos, gera conflitos agrários pelo direito de posse, e quem adquiriu estas propriedades logo se depara com ações violentas de moradores que não aceitam a chegada de um novo dono.
Foi o que vimos na última semana quando viralizaram em blogs e veículos de comunicação imagens de vídeo onde um trator que fazia a limpeza e preparo do solo para o plantio de soja e milho na Fazenda Munim do Mato avançou em direção a uma mulher no povoado conhecido como Centro dos Rochas, na cidade de São Benedito do Rio Preto. A propriedade pertence à empresa BOMAR MARICULTURA LTDA, que de acordo com documentos adquiriu a propriedade em meados do ano de 2016.
Dos fatos
A empresa BOMAR MARICULTURA, que constitui sociedade com a TERPA CONSTRUÇÕES S/A, ao tomarem posse da propriedade e no que lhe concerne, apresentou documentos de compra com registro e reconhecimento em cartório e deram entrada em órgão de Estado com solicitação das certidões e licenças exigidos para inciar os trabalhos. Porém, devido aos conflitos foram impossibilitados de prosseguir com suas atividade.
De acordo com informações trazidas ao blog, ainda em ato de posse, os proprietários da fazenda, intermediado pelo Sindicato Rural da cidade, inciaram negociação com 6 famílias assentadas na área da fazenda, propondo a doação de 60 hectares de terra por morador como forma de indenização fundiária. Esta proposta recusada foi pela maioria, que incentivados por lideranças locais – que afirmavam que os mesmos poderiam adquirir na justiça área maior de terra – atraíram outros moradores vizinhos da fazenda para se juntarem ao movimento, gerando ações violentas por parte destes moradores. Veja vídeo.
Da justiça
Diante dos fatos e buscado agir de forma pacifica e ordeira, a empresa BOMAR MARICULTURA e sua sócia ajuizaram ação de manutenção de posse, junto ao juizado da comarca de Urbano Santos, onde o juiz titular concedeu liminar reestabelecendo a posse da terra às empresas, determinando prazo de 48 horas para desocupação da área pelos invasores e multa diária de MIL REAIS por pessoa em caso de descumprimento e transgressão (tumulto) à ordem.
A decisão judicial é baseada nas provas apresentadas pelas empresas em dezenas de vídeos e fotos de ações agressivas e ameças por parte dos posseiros aos tratoristas, ação que provocou reação instintiva de defesa por parte do operador de máquina.
A BOMAR MARICULTURA e seus sócios repudiam todo e qualquer ato de violência, lamenta não haver entendimento de forma pacifica com a comunidade, coloca-se à disposição da justiça para que se encontre uma resolução ordeira e que respeita toda e qualquer decisão judicial.